Aristóteles - A Metafísica (Livro I, cap. 1-3)
>> domingo, 10 de novembro de 2013 –
FILO ANTIGA
(Resumo)
No
Livro I, Aristóteles discorre sobre a própria natureza da Filosofia, como
ciência, afirma que seu objeto de estudo é a Sabedoria, para ele a
filosofia deve se ocupar principalmente dos princípios e das causas. Por
isso o primeiro capítulo pode ser considerado também um convite ao estudo da
Filosofia, como verdadeira ciência do saber e também uma verdadeira jusutcava
do autor em relação ao seu método e objeto de reflexão.
Para justificar sua posição Aristóteles fala da natural inclinação do homem ao saber, o que justifica com o prazer que o homem sente através dos sentidos, em especial, a visão, dado o contexto ao qual estava inserido filosoficamente, que era iminentemente de observação da realidade e de busca da origem do cosmos, realizada na filosifa precedente, como vimos em aula. Trata de classificar e organizar as formas de conhecimento, sensação, memória, experiência, arte, ciência.
Classifica como mais sábios, os homens que possuem o conhecimento da ciência, pois estes conhecem os Universais, que se aplicam sempre aos particulares. Assim os que possuem o conhecimento teórico são mais sábios do que aqueles que possuem apenas o conhecimento empírico e isso se dá porque somente os que possuem o conhecimento teórico são capazes de ensinar, já que conhecem as causas. Além disso seu conhecimento não se limita a resolver problemas práticos, antes busca o saber pelo saber.
Para
o filósofo a Sabedoria (filosofia) é a ciência das primeiras causas e por este
motivo deve-se indagar sobre a natureza das causas e sobre quais princípios é
constituída a Filosofia.
Atribui a verdadeira Sabedoria como um atributo de Deus e por esse motivo o homem que busca tal sabedoria é a aquele se aproxima mais das realidades divinas. Assim afirma que podem existir outras ciências mais úteis do que a filosofia, mas mais elevada do que ela nenhuma será.
As paginas seguintes tem o caráter de uma introdução a Ciência - a dificuldade e Método científico - o objeto de estudo da Filosofia Primeira são as primeiras causas, cuja série é possível prolongar até o infinito.
Faz uma recapitulação sobre os estudos das causas nos filósofos precedentes (pré-socráticos e Platão) e embora louve tal busca destaca a insuficiência de tais estudos para conhecer a natureza das coisas, pois as causas (formal, matéria, final e eficiente) podem dizer em certo sentido a procedência do ser, contudo não explicam propriamente a natureza dessas realidades e também como elas participam ou não do Uno, do Ser e como se relacionam entre si.
Versa ainda sobre a necessidade de buscar conhecer a essência e a substância do Ser, para justificar porque entre os entes, alguns podem gerar e outros não, alguns são eternos e outros não, uns são sensíveis e outros não.
Entre os que podem gerar por que geram justifica como geram, uma vez que o estudo das causas não explicam suficientemente tais mudanças acidentais.
Posto que o objeto de estudo da Sabedoria, Aristóteles trata das dificuldades e facilidades do método filosófico. A facilidade está no fato de que embora nenhum homem possa reter toda a verdade é somente ele pode conhecê-la em maior grau.
Afirma que em geral, a dificuldade está no próprio homem, seja pelo modo de aceitar a verdade ou seja pela forma que se indagam sobre ela.
Aristóteles, portanto, primeiro estabelece a excelência da Filosofia, depois o seu conteúdo e finalmente o seu método, fazendo assim do primeiro livro da Metafísica, uma leitura indispensável para um estudante de filosofia, tendo um valor de pesquisa sobre toda a filosofia pré-socrática, ainda que na visão parcial e algumas veses injusta de Aristóteles, e uma introdução a toda filosofia posterior, que influenciará diretamente o cristianismo, permancendo ainda hoje uma fonte infinita de reflexão.