Virgindade perpétua de Maria

Virgindade de Maria



Atualmente, vivemos em uma sociedade onde a palavra castidade é banalizada e desconhecida, uma sociedade onde é estranho falar de pureza. E assim não é diferente quando se fala da virgindade de Maria, Mãe de Deus.

Todos já ouvimos muitas vezes que Maria é Virgem antes, durante e depois do parto, mas por quê?

Podemos voltar ao tempo e lembrar da anunciação do Arcanjo Gabriel à Santíssima virgem. Se meditarmos a passagem que retrata essa anunciação perceberemos a ênfase que S. Lucas dá à virgindade de Maria, ”(...)foi a uma virgem, prometida em casamento... e o nome da virgem era Maria” (Lc1,27). Por que será que a própria Palavra de Deus enfatiza tanto o termo virgem? Porque não quer nos deixar confusos, antes quer deixar claro que Maria era virgem! Assim, essa passagem deixa evidente, que a Mãe de Jesus era virgem até a anunciação.

Você pode estar pensando: tudo bem, isso me convence que Maria era virgem, mas o que me garante que ela permaneceu virgem? Para perceber basta apenas ler de maneira profunda e meditada os versículos seguintes. Notemos a resposta de Maria ao anúncio do Arcanjo: “como se fará isso se não conheço homem algum?” (Lc 1,34)

O Texto mostra que Maria já havia feito um voto de castidade a Deus, caso contrário não teria sentido essa pergunta, já que ela estava prometida em casamento a José e como qualquer mulher prometida em casamento ela poderia pensar que tudo aquilo que o anjo lhe anunciara era normal: um dia estaria casada com José, teria um filho, este filho nasceria e por fim colocaria nele o nome de Jesus. Porém, vemos que não foi este o pensamento de Nossa Senhora, sua resposta quis dizer: ”como ficarei grávida se não conheço e nem conhecerei homem algum?” “Acaso Deus não aceitou o meu voto?”.

A confirmação vem do anjo, que entende perfeitamente o que Ela lhe perguntou e a tranqüiliza dizendo que não vai precisar desfazer seu voto pois “O Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com sua sombra; por isso mesmo o Santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus” (Lc 1, 35).

Nossa Senhora havia entregado toda a pureza de sua alma a Deus que aceitou sua oferta. Mas poderia surgir outra pergunta: tudo bem, a Escritura deixa claro que ela Virgem e concebeu em virgindade, mas não teria ela tido outros filhos depois?

Como já vimos noutro artigo: Deus não habitaria no pecado, na mentira. Maria havia feito um voto a Deus, e ela era concebida sem pecado, (Imaculada conceição), por isso devemos crer que ela cumpriu seu voto até o fim.

Além disso, se Maria tivesse tido outros filhos onde estariam eles quando Jesus foi crucificado? Será que a Escritura não falaria nada sobre eles? abandonariam o próprio “irmão”? Se Ela tivesse outros filhos porque Jesus teria confiado sua Mãe a João (cf. Jo 19,27)? Não seria razoável que seus “outros filhos” cuidassem dela?

Bem, notamos que é totalmente improcedente afirmar que Maria teve outros filhos, mas o que impressiona é que muitos se deixam levar por qualquer vento de doutrina e parecem acreditar mais no que não está escrito na bíblia do que aquilo que ela afirma ou dela se deduz. E muitos dos que dizem essas falácias costumam se arrogar os “fiéis a Bíblia”.

Notamos o quão importante é ler a bíblia de forma orante e perceber sua harmonia interna, não apenas pegando passagens isoladas e lendo-as em sentido literal, isso é contra a própria Escritura que diz “Nenhuma profecia da escritura é de interpretação particular” (2 Pd 1, 21).

Que possamos cada vez mais pedir à Nossa Mãezinha, que nos dê a santa pureza para alcançarmos a santidade e vermos as coisas deste mundo com os olhos divinos, pois “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus” (Mt 5,8).

Mãe do puro Amor, intercede por nós. Mãe da Santa pureza, sede nosso modelo! Sim, que nosso espelho seja Maria .


Juliana Melo revisado pelo Diácono Gilberto (escrito para o Jornal Limiar da Esperança em 2008)

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