II. 14. A integração da afetividade na conduta livre



Fatores internos e externos que interferem no comportamento.
      O comportamento do homem pode ser analisado a partir de suas atitudes no meio em que vive, no entanto essas atitudes estão repletas de fatores internos e externos que permitem uma análise satisfatória. Para tanto a psicologia do desenvolvimento é importante, pois mostra que esses fatores são desde aspectos fisiológico-genéticos até os mais subjetivos, que são os psíquicos.
     O desenvolvimento humano refere-se ao desenvolvimento mental e ao crescimento humano. Sabe-se que o desenvolvimento mental é uma constituição contínua e caracteriza-se pelo aparecimento gradativo de estruturas mentais.
     Dentre os principais fatores que influenciam o comportamento humano destacam-se a hereditariedade, o crescimento orgânico, a maturação e meio externo em geral.
      A hereditariedade é um fator interno que se refere principalmente ao aspecto físico; é a carga genética que estabelece o potencial do indivíduo e pode ou não ser desenvolvida e diz respeito também à inteligência. No entanto ela pode desenvolver-se aquém ou além de seu potencial, dependendo da forma que é trabalhada e do meio em que se encontra.
      O crescimento orgânico é uma aspecto interno que se exterioriza e se refere ao aspecto físico, fazendo com que o indivíduo tenha um certo domínio de si e, de certa forma, também influi no comportamento.

      O meio é o conjunto de influências e estimulações ambientais que alertam os padrões do comportamento.
      Dentre os fatores internos se encontra as motivações, que são sensações internas que influem muito no comportamento do homem, pois estão carregadas de emoções e sentimentos.
      Motivos são fatores internos que dirigem o comportamento do homem e podem ser dos mais básicos para a sobrevivência até os de auto-realização.

      A emoção é um fator interno que não pode ser medido e influi no comportamento do indivíduo, quando é excessiva ativa a glândula supra-renal e pode ocorrer amnésias, desmaios, desequilíbrios etc.
      A emoção, segundo Dorin, é um estado psíquico cuja principal característica é um grau forte de sentimento e uma atividade motora quase intensa.

     A memória também é um fator interno que possibilita a vida social, portanto influi no comportamento, pode ser definida como a propriedade da inteligência que faz sobreviver as experiências cognoscitivas, é a inteligência enquanto capacidade de reter.
     Outro fator interno que influencia no comportamento é o pensamento, que é uma forma de atividade peculiar a todo ser vivo que dispõe de sistema nervoso central. É o processo através do qual o homem tenta organizar a experiência.
     Há fatores que podem ser considerados tanto externos como internos, como por exemplo a sensação, que seria uma espécie de estimulação interna ou externa que influi no comportamento, como possibilidades de manifestações imediatas ou diferidas.
     A sensação está intimamente carregada de todas emoções e é por isso que influi no comportamento.
     A percepção é um processo externo-interno através do qual o sujeito interpreta os estímulos sensoriais traduzindo essas mensagens em formas compreensíveis.

      Os fatores externos são os que provém do meio em geral, inclui o clima como foi visto no decorrer do curso quando foi estudado o desenvolvimento humano. Além dos clima, entre os fatores externos está a violência.
      Essa violência não é apenas física, pode ser moral, educacional, social etc e tudo isso implica uma série de complicações na personalidade de uma pessoa, podendo fazer com se torne, insegura, medrosa, tímida, podendo retardar seu desenvolvimento físico e até mental.

     A hierarquia das necessidades de Maslow sintetiza de modo muito objetivo todos os fatores internos e externos necessários para a concretização do desejo universal do homem, a felicidade. A hierarquia pode ser representada da seguinte maneira.

1. necessidades básicas, que são as fisiológicas.

2. necessidades de segurança, ou seja, o indivíduo tem que se sentir seguro para ser feliz.
3. necessidade de amor, tem que se sentir amado e inserido num grupo.
4. necessidade de estima, seria a necessidade de ser reconhecido.
5. necessidade de auto-realização, que é a que o próprio indivíduo tem de sentir seus potenciais e dons desenvolvidos.
6. necessidade de estática, que seria uma espécie de beleza.
     Durante esse curso constatei que a hierarquia de Maslow, de forma análoga, resume muito bem os fatores influenciadores do comportamento humano.

A MORALIDADE DAS PAIXÕES (cf. Catecismo 1763-1770)


I – As paixões – O temo pertence ao patrimônio cristão. Os sentimentos ou paixões designam as emoções ou movimentos da sensibilidade que inclinam o agir humano ao bem ou ao mal.

“As paixões são más se o amor é mau, boa se o amor é bom” (Santo Agostinho)

II- Paixões e vida moral - Em si as paixões não são boas nem más. Só recebem qualificação na medida em que dependem efetivamente da razão e da vontade.

       As paixões são voluntárias “ou porque são comandadas pela vontade ou porque esta na lhe põe obstáculos” (Sto. Tomás)
      A vontade reta orienta-as para o bem e a vontade má sucumbe-as e exacerba-as

Por exemplo: é próprio do homem que se sinta atraído pela mulher, se sua vontade for boa esta atração será ordenada de modo que lhe faça suscitar amor e se for ordenada para o mal pode levar apenas ao desejo físico ou mesmo ao ódio.

Conclusão: A perfeição moral consiste em que o homem não seja conduzido ao bem exclusivamente pela vontade, mas também pelo coração. (Sl 84,2)



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