O ABORTO
Pe. Gilberto Lombardo Júnior e Pe. Renato Gonçalves






  “Antes mesmo de te formares no ventre materno eu te conheci, antes que saísses do seio eu te consagrei” (Jr I,5)



     A vida humana deve ser respeitada e protegida de maneira absoluta desde a sua concepção. Desde o primeiro momento de sua existência, o ser humano deve ver reconhecidos os seus direitos de pessoas., entre os quais, o direito inviolável de todo ser inocente à vida.

    Já os primeiros cristãos eram radicalmente contra o aborto como atesta o primeiro catecismo cristão, ainda da era apostólica. “Não matarás o embrião por aborto e não farás perecer o recém nascido”. Os direitos dos embriões, fetos e nascituros já são salvaguardados até mesmo no direito civil brasileiro:

      A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos dos nascituros.

      No entanto é verdade que há muitas nações onde o aborto não é mais considerado crime, sobretudo nos Estados Unidos e também em algumas nações da Europa, o que não se justifica em hipótese alguma. A Igreja, como sinal de Cristo na humanidade, ratifica a lei civil brasileira enquanto mantiver essa posição e retifica qualquer posição abortista afirmando que desde os primeiros momentos de sua existência, o ser humano deve ver reconhecidos os seus direitos.

      O aborto querido como um fim ou meio para se alcançar um fim é gravemente contrário à lei moral, isto é, querido em si mesmo ou para salvar a vida da mãe por exemplo, portanto é um pecado gravíssimo, que ofende diretamente a Deus e quem provoca tal delito sofre a pena canônica de excomunhão, ou seja, a pessoa fica impossibilitada de receber os sacramentos, principalmente a penitência e a eucaristia.

     Cada pena deve ser proporcional à gravidade do ato para se executar a justiça. O Aborto é um crime tão grave que leva, então, a pena máxima. Aqui não se caracteriza o restringir a misericórdia de Deus, mas a aplicação de sua justiça.

     O embrião e o feto são seres humanos, por isso devem ser respeitados como tais. Portanto, qualquer atentado à vida destes seres humanos é visto como pecado mortal sujeito a sanções tanto no direito civil, penal quanto no eclesiástico.

    O principal argumento que se tem divulgado muito e de vários modos entre os que promovem o aborto, logo os abortistas, é que a concepção não se dá imediatamente após a fecundação e que portanto o embrião não é um ser humano.

    A Verdade, no entanto, é que essa posição não se justifica nem mesmo no campo da medicina e há vários médicos, para não dizer a maioria, que não concordam de modo algum com esta posição, poderíamos destacar aqui, a Dra. Lílian Pinheiro,  Dra. Alice Teixeira Ferreira, professora associada de Biofísica da UNIFESP/EPM, Dr. Dalton Luiz de Paula Ramos, Livre docente pela USP, professor de Bioética da USP e membro do Núcleo interdisciplinar de Bioética UNIFESP entre outros tantos.

      O embrião já contém em germe tudo aquilo que necessita para se transformar em um ser humano e evidentemente necessita da mãe para seu desenvolvimento natural, como também um recém nascido precisa de cuidados para sobreviver.

      Achar que o feto na seja uma pessoa distinta da mãe, mas apenas uma parte do corpo da mãe, não é correto, para não dizer grosseiro.

      A circulação o sangue da mãe e do feto são separadas. O feto possui princípios separados de crescimento e desenvolvimento, sistema nervoso separado. Circulação de sangue separado e esqueleto próprio.

    Um feto de apenas um mês e três semanas já pode ser ouvido nas batidas de seu coraçãozinho e há quem defenda a aprovação do aborto até o terceiro mês da gestação!

     O que mais impressiona é como os abortistas gostam de mudar o nome das coisas para não “chocar” a sociedade, por exemplo, é freqüente se referir a esse assassinato como “interrupção da gravidez”, “Aborto terapêutico”, “extração do nascituro” tudo para não dizer o óbvio: assassinato de uma vida humana inocente.

     Todas as pessoas de fé em Deus e também as e bom senso concordarão que há muitos casos de gravidez indesejada e mesmo proveniente de crimes terríveis como o estupro etc, com certeza nesses casos a vida da criança pode representar traumas horríveis à mãe, portanto estas devem ter todo o apoio dos irmãos na fé e também da sociedade e do Estado.

     Nesses casos deve-se dispor de todos os meios necessários para auxiliar a mãe a recuperar a felicidade que não poderá ser compreendida sem uma clara referência ao mistério do sofrimento e da redenção operada por Jesus Cristo, Filho de Deus.

      Se o estupro é um crime terrível e isso e inquestionável , o aborto não fica atrás. O grande e terrível principal aspecto do estupro é que a vítima não consegue se defender devidamente, uma verdadeira covardia! E no caso d aborto? O feto tem alguma possibilidade de defesa?

      Um Crime horrível não justifica de modo algum outro erro ainda maior!

     Todos aqueles que promoverem o aborto direta ou indiretamente são réus da mesma gravidade de pecado e sofrem a mesma pena de excomunhão: pais, namorado, médicos, enfermeiros, “amigos” e outros.

     Nesta matéria deve haver um tremendo empenho dos cristãos em defender a vida, considerando que Deus é o único Autor e Provedor da mesma, ficando sempre muito atentos às mentiras e aos enganos provenientes de certas mentalidades do nosso tempo, que atrás de certos discursos politicamente corretos escondem muitos interesses financeiros, uma vez que a indústria do aborto promove milhões de dólares todos os anos através do assassinato.de vidas humanas.



Antes mesmo de te formares no ventre materno eu te conheci, antes que saísses do seio eu te consagrei” (Jr I,5)





Chantal –   – (11 de março de 2011 às 16:54)  

Não poderia esperar menos de vcs, Pe. Gilberto e Pe. Renato!
Parabéns pelo artigo. O aborto é um assassinato tão covarde que valeria a pena questionar os abortistas se eles, tão eloquentemente, seriam favoráveis ao mesmo fim para seus pais quando ficassem idosos, totalmente dependentes e indefesos!
Espero que escrevam mais artigos assim, Deus os abençoe!

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