I. 8. A Experiência moral como ponto de partida da reflexão Ética



    A ética filosófica goza de um ponto de partida muito específico e “privilegiado”: a experiência moral de cada ser humano.
      A filosofia nasce da indagação do homem a respeito de si mesmo e de seu destino, do sentido da própria existência e nesse sentido a reflexão ética nasce portanto, junto com a filosofia.
      Como conseqüência dessa reflexão do homem, ser moral, questiona qual é a melhor forma de viver e o faz racionalmente.
      A experiência humana, no entanto, mostra que há uma tensão entre a razão prática e as tendências afetivas. Cada ser humano percebe que não basta conhecer o bem para praticá-lo, portanto muito rápido percebe que precisa ser educado intelectual e afetivamente para viver bem. Intelectualmente, porque precisa conhecer o bem e afetivamente porque precisa ser capaz de praticar esse bem.
      Posto que as formas de experiência prática estão fortemente condicionadas pela experiência cultural. Concluímos, então, que o saber ético pressupõe o estudo de princípios histórico sociais, pois quando não se conhece o mundo em que se vive, dificilmente se saberá como viver bem nele.

     O ethos de um determinado grupo social está sempre submetido a uma certa evolução histórica e esta pressupõe sempre uma ruptura e também uma certa continuidade, para usar a expressão de Hegel, a dialética histórica.

(exemplo da frase “comi como um padre”)

     Nesse sentido, até mesmo a ética cristã assumiu diversos elementos da cultura romana antiga e que ainda hoje constituem senão uma norma, certamente uma tradição quase obrigatória e isso está muito presente nos rituais litúrgicos como o matrimonio, por exemplo.

     Observamos também que há uma pluralidade de formas de vida, mas isso não significa que todas renunciam á pretensão de ser racionais. Todas apresentam uma certa lógica, ainda que algumas vezes possam nos parecer estranhas.

     Para entendermos determinados comportamentos devemos nos despojar da nossa própria experiência ou correremos o risco de fazer uma analise enviesada, etnocêntrica. Compreender um comportamento não significa aprová-lo e muito menos aceitá-lo como sendo ético.

     As observações anteriores permite-nos concluir, que, no nível da experiência moral, é possível registrar diversos modos de viver e de interpretar a própria existência moral.
     Concluímos que a reflexão ética é e deve sempre ser racional, logo filosófica e sistemática.


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